OBRIGADO A DEMITIR? DEMITA COM QUALIDADE.

Confesso que escolhi este título para minha coluna semanal com um certo dó, porém precisava chamar a atenção para este tema. Reiteradas vezes neste espaço tenho recomendado aos empresários que não sejam simplórios e preguiçosos nos momentos de crise, escolhendo o caminho mais curto,  ou caminho das demissões, antes de investigar seus sistemas, processos e custos, onde normalmente a solução se encontra.  No entanto também sabemos que, por vezes, esgotados estes recursos e demitir torna-se alternativa irremediável para “recolocar o barco no rumo certo durante a tempestade”.
Neste caso, é preciso lembrar que não estamos lidando apenas com objetos, mas seres humanos. Não estamos lidando com o funcionário A ou B, mas com suas famílias, filhos, seu moral, reputação, auto-estima, enfim, sua alma. O difícil ato de demitir, portanto, requer muito mais qualidade do que os da rotina corporativa, justamente por  acarretar estímulos motivacionais individuais e coletivos no campo das Relações Humanas.
Recomendo então:
 a)  Avise previamente com 30 dias antes o seu colaborador. Nenhuma desculpa justifica esconder sua decisão, pois ela sempre acabará vazando e além do trauma que irá causar no colaborador afastado, manchará sua imagem perante os demais; b)  Faça-o com respeito, se possível em reunião com os demais colegas agradecendo com franqueza sua colaboração,  deixando claro os motivos administrativos de decisão. Ou então,  faça-o em particular com respeito e gratidão; c) Prepare com critério toda a documentação e garanta todos os direitos do colaborador. 80% dos casos de ações judiciais movidas por demitidos devem-se a demissões traumáticas por erros e/ou má fé.
Considero estas dicas básicas e fundamentais, e entre outras, também recomendo a pesquisa. No entanto, estas já lhe garantirão tomar medida tão traumática com o mínimo padrão de qualidade administrativa e humana.

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